Bonecos de Estremoz são Património da Humanidade

A UNESCO declarou esta madrugada os bonecos de Estremoz como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Reunido na Coreia do Sul, o comité precisou de apenas cinco minutos para analisar e aprovar a candidatura lançada pelo município alentejano.




Com mais de 300 anos de história, os figurados de Estremoz têm inventariados mais de 100 figuras diferentes, e representam para a UNESCO a “visão do artista, do artesão, sobre a sua envolvência. De modelação manual em barro, cozido e policromado, os bonecos de Estremoz são feitos segundo a mesma técnica que já era utilizada pelo menos no século XVIII.

Desde 2011, quando o Fado foi considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade, que todos os anos Portugal inscreve mais tradições, edifícios e complexos na exclusiva lista da UNESCO. Logo em 2012 foi a maior fortaleza abaluartada do Mundo, Elvas, a ganhar o selo de Património Mundial.

 

Aliás, nestes seis anos, o Alentejo viu reconhecidas por quatro vezes (5, se considerarmos a dieta mediterrânica) candidaturas de património material ou imaterial. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) apôs o selo de Património da Humanidade ao cante alentejano em 2014 e, um ano mais tarde, inscreveu o fabrico de Chocalhos na lista de património a necessitar de salvaguarda urgente.

Ceia da Silva, o presidente do Turismo do Alentejo, afirmou em reação à inscrição dos Bonecos de Estremoz como Património Cultural Imaterial da Humanidade, que a preservação e divulgação da identidade da região é uma aposta estratégica. “Digo muita vez e repito: o turista quando vai ao Alentejo vai para encontrar aquilo que é mais identitário, que é mais autêntico, que é mais genuíno, e termos obtido cinco selos consecutivos é único no mundo”.

A candidatura foi apresentada pela Câmara Municipal de Estremoz e coordenada por Hugo Guerreiro, diretor do Museu Municipal. Em Estremoz, trabalham atualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca.

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