Hotel Parque Serra da Lousã: Um quatro estrelas ‘social’
O Hotel Parque Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, é uma unidade hoteleira em tudo ‘normal’ de quatro estrelas e que tira partido da sua localização privilegiada, no Parque Biológico da Serra da Lousã, mas há algo que o distingue: é propriedade de uma fundação, sem fins lucrativos, que faz um amplo trabalho social de âmbito regional e até nacional.
A diretora, Fátima Ramos, explica ao Portugal de Lés a Lés que “desde a sua criação, em 1987, a Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional tem sido sempre inovadora: todos os dirigentes são voluntários e trabalha para deficientes, com deficientes, já que perto de 40% dos seus colaboradores são portadores de algum tipo de deficiência ou incapacidade”.
Desta forma, a unidade hoteleira, além de procurar servir as necessidades turísticas da região, foi criada como mais uma forma de a instituição ser sustentável financeiramente, para não depender de subsídios.
Ambiente tranquilo e familiar
O Hotel, Parque Serra da Lousã com classificação de quatro estrelas, tem 40 quartos (nove dos quais têm as comodidades necessárias para pessoas com mobilidade condicionada) e ‘bebe’ a tranquilidade e a natureza que o envolve. O serviço é irrepreensível e o staff simpático e eficiente, num ambiente acolhedor e onde nos sentimos em casa, em que a diretora vem à sala de pequeno-almoço falar com os hóspedes, saber se está tudo bem e se é necessária mais alguma coisa.
Por falar em pequeno-almoço… este é delicioso, apostando numa oferta diversificada de produtos regionais e de qualidade, como o queijo fresco feito pelos utentes da Fundação, o tradicional queijo Rabaçal e verdadeiro sumo de laranja natural. Os pequenos-almoços são servidos no Restaurante Dionísio do hotel e as refeições no Restaurante Museu da Chanfana, com uma cozinha tradicional portuguesa e um ambiente acolhedor, bem perto do hotel, integrado no complexo da ADFP, onde está também o Espaço da Mente.
No Baco Bar os clientes poderão disfrutar de bebidas e refeições ligeiras com acesso a jogos, pequena biblioteca e esplanada. O Hotel Parque Serra da Lousã tem também sala para reuniões, sala de leitura, piscina interior, SPA com sala de massagens, sauna, jacuzzi, banho turco e ginásio, um campo de ténis, um campo de squash. Integrando o parque de lazer público existe um campo de areia, um campo de relva sintética e um circuito de manutenção com acesso a piscina ao ar livre e parque infantil.
Natureza e Aldeias de Xisto
A unidade aposta assim em proporcionar estadias únicas aos seus hóspedes, associando sempre a educação ambiental e a paixão pela natureza aos valores e tradições culturais da região, e tem condições perfeitas para famílias, disponibilizando quartos comunicantes e suites, com cofre, mini-bar, tv, música, ar condicionado, wifi grátis, e varanda.
Situado na Quinta da Paiva, onde a Fundação tem igualmente uma quinta pedagógica, o Hotel Parque Serra da Lousã pretende fomentar a fixação do turista, convidando-o não só a uma visita ao concelho de Miranda do Corvo, ao seu património cultural, arquitetónico e natural, assim como a toda a região Centro e às potenciais rotas turísticas intermunicipais, marcadas quer pela arquitetura religiosa, gastronomia e vinhos das Terras de Sicó, quer pela interpretação ambiental de turismo da Natureza e das Aldeias do Xisto.
O hotel comemorou um ano neste mês de outubro de 2016, tendo registado quase 12.000 clientes entre adultos e adultos com filhos, maioritariamente portugueses, mas o número de turistas estrangeiros tem vindo a aumentar. No primeiro ano de existência, o hotel conseguiu conquistar o reconhecimento dos clientes que lhe atribuem uma avaliação de 9,2 em 10 no booking.com, website de referência na avaliação de hotéis.
A unidade hoteleira tem como tema os Deuses da mitologia greco-romana, sendo cada quarto dedicado a uma dividade, uma forma de fazer a ponte a outro dos empreendimentos da Fundação: o Templo Ecuménico Universalista, inaugurado a 11 de setembro, no Parque Biológico Serra da Lousã., quando passam 15 anos sobre os atentados de 2001. Um equipamento que procura ser uma peça dinâmica e significativa na criação de pontes entre as religiões e na difusão de uma cultura de paz.