Nilton: “façam-se à vida e vão até Proença-a-Nova”
Nilton fala do concelho de Proença-a-Nova, da natureza e das experiências de adolescente, em depoimento exclusivo para o Portugal de Lés a Lés. As praias fluviais, as vistas e o xisto são marcantes para o comediante que sempre que pode retorna às origens à procura de paz.
Nascido em Angola, Nilton foi viver para Proença-a-Nova com quatro anos e apenas de lá saiu aos 17 para conquistar Lisboa e depois o país com os seus espetáculos de stand-up comedy e a irreverência com que nos faz rir na rádio e na televisão.
Com a mãe e o irmão na vila da zona do Pinhal Interior, é aqui que Nilton procura o sossego. “Proença-a-Nova dá-me uma coisa que não se consegue ouvir hoje em dia, que é a paz. Em Lisboa ouve-se sempre alguma coisa, um carro a apitar, um avião, uma porcaria qualquer… há sempre barulho. Proença-a-Nova dá-me essa possibilidade que é estar em paz, não ouvir nada… ouvir pinheiros, ouvir pássaros, ouvir a natureza. A natureza talvez seja a coisa que eu, tirando as amizades e tudo o que faz parte da nossa infância, mais recordo.
Nas suas memórias estão presentes as idas às praias fluviais do Malhadal e da Aldeia Ruiva. “saíamos às 7 da manhã e faziamos 15 ou 16 quilómetros para ir tomar banho. Na altura íamos às ribeiras. Agora é que são praias fluviais e já nem têm pôr-do-sol, têm sunset”.
“A malta divertia-se e é engraçado como nem ligas à distância. Naquela altura aquilo era muito mais para desbravar do que hoje, que está muito mais bonito e tem piscinas. É uma água fresquinha que vem da nascente mesmo ali e é um tipo de vivência que não se tem nas cidades”.
Paralelamente à natureza, Nilton destaca a história que se vê no concelho e as aldeias do xisto, os moinhos, os miradouros. Tudo bons pretextos para uma ida a Proença-a-Nova, um concelho que “é bastante curioso porque mantém a natureza e a ruralidade aposta muito na diversidade e tem também o conhecimento, com o Centro de Ciência Viva da Floresta e o aeródromo onde se pratica skydive”.
Por isso deixa o desafio: “façam-se à vida e vão até Proença-a-Nova”. E aproveitem para fazer uma selfie junto à placa da Sarzedinha.
sou Brasileira, mas amo Proença-a-Nova e minhas queridas e amadas amigas que la moram.