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Do Rabaçal às aves canoras

Castelo de Soure

É um queijo curado, branco mate e de sabor forte, pasta semidura a dura, com poucos ou nenhuns olhos. O Rabaçal nasce a partir da mistura dos leites de cabra e de ovelha e é obtido por esgotamento lento da coalhada após a coagulação dos leites por ação do coalho animal. É um produto com Denominação de Origem que se produz também nas freguesias serranas de Soure.

Aqui, entre o vale do Mondego e a Serra de Sicó, visitem-se as ruínas do Castelo de Soure anterior à nacionalidade. O Conde D. Henrique atribuiu foral a Soure em 1111 e D. Teresa, a mãe de D. Afonso Henriques, atribuiu o castelo aos Templários. Este é uma alcáçova que terá tido funções mais residenciais que militares e que hoje é visitável.

Em Soure, conheça-se ainda o Paul da Madriz, zona húmida considerada Zona de Proteção Especial na margem direita do rio Arunca. No outono é ponto de passagem obrigatório para muitas aves migratórias.

Aqui é possível ver várias subespécies de Felosa, como a dos juncos, a poliglota e a musical. Mas também o rouxinol-grande-dos-caniços, a garça pequena e o pato real, que aqui mantém uma importante colónia.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
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