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A Vila do Conde quinhentista

Vila do Conde

Vila do Conde ergue-se na foz do Ave e quem vem do sul, pela nacional, tem no primeiro vislumbre da cidade uma das belas paisagens urbanas portuguesas com o Mosteiro de Santa Clara a impôr-se ao olhar.

Vila do Conde é o rio e o mar e essa geografia deixou-lhe história para contar. Uma viagem pela época quinhentista é proposta a ter em conta para uma escapadinha de fim de semana. Lá temos a Alfândega Régia instituída por D. João II e, mesmo ali ao lado, a reprodução de uma nau da rota das Índias.

Por rotas mais mundanas, mas igualmente aventurosas, andam os pescadores de Caxinas, gente da faina do mar que ao mar tem dado demasiado. É gente com muita história para contar, sentada no paredão marginal.

Percorrer as ruas, visitar os monumentos e museus é fácil e pode optar por uma biConde, as bicicletas partilhadas que a autarquia põe à disposição de quem queira, mesmo de turistas.

Depois de umas horas bem passadas numa das muitas praias dos 18 quilómetros de costa do município, pela manhã, que é quando o sol não faz mal e a nortada não se faz sentir, o estômago pede conforto e o aconchego pode vir das petingas à moda de Caxinas com um doce de ovos à sobremesa, segundo a receita do antigo Convento de Santa Clara.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
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