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Nas terras que a região demarcada cunhou

Vindima em Santa Marta de Penaguião

Fontes, Lobrigo, Cumieira, Louredo e Medrões são exemplos de que o homem procurou estas terras desde tempos remotos. Os castros de Santa Marta de Penaguião deixam antever uma ocupação antiga, mas foi só com a criação da Região Demarcada do Douro, em 1756, que o concelho ganhou a riqueza que as quintas e o vinho lhe trouxeram.

Santa Marta de Penaguião, por si só, é digna da visita de qualquer forasteiro curioso em conhecer as pessoas e a sua cultura, bem como o património edificado.

Por todo o território há solares e casas senhoriais dos séculos XVII e XVIII, como a Quinta do Bertelo ou o Solar do Pinheiro e, aqui e ali, encontram-se excelentes exemplos de arquitetura religiosa.

Há que visitar a igreja paroquial de São João de Lobrigos, de torre um pouco tímida em relação ao volume da estrutura por, dizem, ter morrido o mestre de obras. E também a igreja paroquial de Santa Eulália da Cumieira, com a sua talha joanina, e cujo interior terá a mão de Nicolau Nasoni.

Não se deixe o concelho sem visitar os moinhos, comunitários ou domésticos, que ainda se vão vendo na paisagem, e passe-se na tradicional aldeia de Paradela do Monte.

E quando vir um marco granítico monolítico, muito simples, com a palavra “FEITORIA” gravada numa das faces, saiba que está perante um dos marcos originais de marcação da zona de produção do vinho generoso do Douro.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
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