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Arouca para lá dos passadiços do Paiva

© Francisco Silva

Atualmente, ir a Arouca e não passear nos passadiços do Paiva é como ir a Roma e não ver o Papa. Mas há muito mais para ver e fazer no concelho. Aldeias históricas, paisagens graníticas, fenómenos geológicos únicos no mundo, tudo temperado com vitela assada e regado a vinho verde.

O fenómeno das pedras parideiras da Castanheira é tido como único no mundo e este é apenas um dos 41 geossítios do GeoParque Arouca, que engloba todo o território concelhio. Ao passar por Arouca, visite alguns deles e passe pelo Centro de Interpretação das Pedras Parideiras, na aldeia da Castanheira.

A Serra da Freita proporciona algumas das paisagens mais espetaculares do município, com destaque para a cascata da Frexa da Mizarela, perto de Albergaria da Serra, com os seus 75 metros de altura.

Na vila, marque no seu guia o importante Museu de Arte Sacra e o Mosteiro de Arouca, com o seu coro, os retábulos de talha dourada e o túmulo de D. Mafalda, filha de D. Sancho I e por um ano rainha de Castela.

Se optar por isso, pode também dedicar-se ao kayak, ao rafting e canoeing nas águas dos vários rios e ribeiras que atravessam o território, ou ainda percorrer um dos trilhos dos 14 percursos pedestres.

Ao final do dia, sente-se à mesa e prove a carne da raça arouquesa, seja a vitela assada, a posta ou o bife, e delicie-se com a textura e o sabor apurado desta raça autóctone criada em liberdade nas encostas serranas. Acompanhe com um vinho verde de Arouca.

Para sobremesa, pode escolher entre um dos doces conventuais legados pelas freiras da Ordem de Cister: as castanhas doces, o manjar de língua, as barrigas de freira, as roscas e charutos de amêndoa, as morcelas doces ou a bola de S. Bernardo.

E além do mais, como se diz no filme produzido pela Confraria Gastronómica de Raça Arouquesa em colaboração com a Câmara Municipal, Arouca “está de braços abertos” para nos receber.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
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