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A poesia em Ponta do Sol

Ponta do Sol

Pode lá uma terra ter nome mais poético que Ponta do Sol? É aqui, no extremo sul da ilha da Madeira que pela primeira vez se vê o astro brilhante emergir do Atlântico depois do banho madrugador. É aqui que as praias têm a areia negra e o mar o azul profundo, que as montanhas escarpadas de verdes intensos são polvilhadas com o branco das águas que caem em cascata.

Foi nestas terras que Gonçalves Zarco, um dos descobridores da Madeira, observou uma ponta de terra que entrava mar adentro e na qual se avistava uma rocha que de tão polida pela rebentação parecia iluminada pelos raios solares. Terá sido então que nasceu o nome e começou a história de Ponta do Sol.


O concelho de Ponta do Sol é o mais quente da Madeira e o que durante mais tempo tem exposição solar e por isso é o local da cana de açúcar e da banana. Também pelo seu clima e pela fertilidade do solo, foi dos primeiros locais a ser povoados. É dessa época a Igreja Matriz, que deve ser visitada.
No que ao património diz respeito, em Ponta do Sol conheça-se ainda o Palacete do Lugar de Baixo, perto da marina. É um belo exemplar da arquitetura romântica madeirense.

Ainda na sede do concelho, impõe-se uma visita ao Centro Cultural John dos Passos, que homenageia o escritor norte-americano de origem madeirense e onde é possível ver uma exposição sobre a sua vida e obra.

Aproveite-se para fazer a Promenade dos Juncos, a meio caminho entre São Vicente e a Ponta Delgada, e usufruir do complexo balnear de São Vicente, que tem excelentes condições para a prática do surf.

Em Ponta do Sol, vejam-se as vistas nos vários miradouros e caminhe-se pelas veredas, sem esquecer uma visita ao bairro dos pescadores em Madalena do Mar. Já na freguesia de Canhas, há que visitar o Paul da Serra, o único planalto madeirense.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.