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Chegar e ficar em Porto Moniz

Porto Moniz

Lá chegar já é uma experiência para mais tarde recordar, pela estrada aberta apenas depois da 2ª Guerra Mundial e escavada na encosta e que, aqui e ali, é atravessada por quedas de água. Depois, chegados a Porto Moniz, no extremo noroeste da ilha, há o Centro de Ciência Viva e o Aquário da Madeira.

É a Porto Moniz, na vila ou em Seixal, que chegam todos os que se querem banhar nas belas piscinas naturais, formadas por rochas vulcânicas de estranhos contornos e onde o mar entra na maré e proporciona sempre águas frescas e límpidas.

Lá mais em cima, a uma altitude de 575 metros, está a pequena povoação de Achadas da Cruz onde anualmente se realiza a feira do gado. A freguesia fica no monte e as fajãs – os terrenos de cultivo à beira mar – lá em baixo. Hoje, a distância percorre-se no teleférico em que as cabines envidraçadas deixam entrar o oceano e o manto verde de Porto Moniz.

Para dormir, podemos optar pelo turismo de habitação ou pelo parque de campismo que está implantado na foz da Ribeira da Janela, nome de curso de água e também de freguesia que se deve ao ilhéu fronteiro à foz e cuja configuração faz adivinhar uma janela.

Ainda em terras de Porto Moniz há que passear pelo Chão da Ribeira, o amplo vale que pertence à floresta Laurissilva da Madeira, Património Natural da Humanidade, ou espreitar a vista no Miradouro do Vestido de Noiva e conhecer a cascata de águas brancas a que foram buscar o nome, antes de chegar ao Seixal, terra onde o prato forte nos restaurantes é a truta produzida localmente.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.