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5 razões para conhecer Pampilhosa da Serra

Pampilhosa da Serra

Aqui, onde o Unhais e o Zêzere serpenteiam por entre as montanhas, a natureza foi generosa e as pessoas fizeram o resto. Damos-lhe 5 razões para se fazer à estrada e conhecer Pampilhosa da Serra.




O nome da vila e do concelho tudo diz. Esta é uma zona serrana, situada em plena cordilheira central. Desde o vale da barragem de Santa Luzia ao alto da bela aldeia de Fajão, há todo um território para descobrir. Escolhemos cinco razões para conhecer Pampilhosa da Serra, mas outras tantas poderíamos sugerir.

As praias fluviais

A primeira vez que nos deparamos com Pampilhosa da Serra são os seus telhados que descobrimos, que a vila está implantada num profundo vale onde corre o rio Unhais. Quando lá chegamos, descobrimos – mesmo no seu centro – uma bela praia fluvial, com espaços verdes, balneários e espreguiçadeiras à espera.

Praia fluvial de Pampilhosa da Serra

Já na aldeia de Pessegueiro, a praia das límpidas águas da ribeira com o mesmo nome, divide-se entre o paredão de uma das margens e o verde da relva na outra, por onde chegamos atravessando uma pequena ponte de madeira.

Praia fluvial de Santa Luzia

Bem diferente é a praia de Janeiro de Baixo. Com um extenso areal e espaços de sombra conseguidos com belos guarda-sóis, a praia está ao lado do parque de campismo onde é possível alugar canoas para calmamente navegar o Zêzere.

Também com um caráter especial é a praia fluvial da barragem de Santa Luzia. Mesmo ao pé do miradouro e servida por um extenso areal, na água foi delimitada uma “piscina” que convida a banhos seguros. Está servida por ciclovia, circuito de manutenção e parque de merendas, havendo lá mesmo ao pé boa comida, mas isso é história para mais tarde contar.

Aldeias do Xisto

Chamam-lhe a pedra preciosa porque confere às aldeias uma atmosfera especial. São duas as aldeias do xisto que estão implantadas no território de Pampilhosa da Serra. Ambas belas, não poderiam ser mais diferentes, até pela sua localização. Enquanto Janeiro de Baixo está implantada no vale do Zêzere, Fajão surge alcandorada no topo da montanha, lá onde a vegetação já é rasteira.

Na aldeia de Fajão

Janeiro de Baixo é uma bela aldeia que preserva ainda muito da sua ancestralidade. O núcleo central da aldeia tem muito para se ver. Desde a memória do tronco de ferrar, onde eram “calçados” os animais, até à casa paroquial ou à Igreja Matriz. Mas bom, mesmo, é passear pelas ruelas, descobrir as casas de xisto e conversar com as pessoas.

Fajão é completamente diferente. Aqui, o casario de xisto mostra que este não era apenas o material utilizado para pôr de pé as casas mais pobres. Há boas casas de xisto e muito para ver, sempre com uma paisagem bela de montanha por pano de fundo. Conheça-se a igreja matriz e a capela de Nossa Senhora da Guia, a loja de artesanato e até as piscinas.

A gastronomia

O concelho de Pampilhosa da Serra tem uma gastronomia tradicional rica e propostas de restauração a ter em conta. Nos pratos tradicionais estamos numa zona em que convivem a chanfana e o maranho, o cozido e o cabrito, mas é nas sopas que mais se faz sentir a tradição: caldo de castanhas, sopa de botelha, de feijão verde ou de couve são algumas das mais usuais, e não há restaurante que não tenha pelo menos uma delas.

As entradas do Villa Pampilhosa Hotel

Na vila, o restaurante do moderno Villa Pampilhosa Hotel oferece uma cozinha onde se mesclam o tradicional e propostas mais modernas e na praia fluvial de Santa Luzia trata-se com esmero a cozinha tradicional no restaurante As Beiras.

Não sendo um restaurante, a Casa de Santo Antão oferece aos seus hóspedes aquele que é um dos melhores pequenos almoços que já provámos nesta nossa vida de lés-a-lés. Mas não só. Leonor Coelho serve opíparas refeições tradicionais a pedido, que recomendamos vivamente.

A paisagem

Por si só, a paisagem vale uma escapadela até Pampilhosa da Serra. Dos vales até aos cumes da montanha, por zonas arborizadas ou de vegetação mais rasteira, aqui é possível conhecer os meandros do Zêzere o as impressionantes vistas a perder do Picoto Cebola.

Chegar aos Penedos de Fajão e ver o sol a pôr-se e as montanhas a perder de vista a ganharem tonalidades azuis é uma daquelas experiências que ficam na memória.

Museu Municipal

Os museus e as igrejas

Nestes territórios é o barroco que impera, mas o património religioso de Pampilhosa da Serra é variado, mesmo que não sendo muito extenso. A vila e as várias aldeias têm a sua Igreja Matriz e todas elas merecem uma visita. Em Fajão, deve-se também conhecer a capela de Nossa Senhora da Guia.

E são vários os espaços museológicos do concelho. O Museu Municipal, sendo pequeno, viu a sua exposição ser recentemente remodelada e está simples mas muito interessante, devendo ser ponto obrigatório num roteiro por este concelho do Pinhal Interior. Em Fajão, descubra-se ainda o curioso Museu do Rali e o mais tradicional Museu Monsenhor Nunes Pereira.

Estas são apenas 5 razões para conhecer Pampilhosa da Serra, um concelho que vale a pena.

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Jorge Montez (texto) Miguel Montez (imagem): Jorge Montez nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
Miguel Montez - Mesmo quando não está com a máquina pensa nas cores e nos enquadramentos. A fotografia é paixão e vai ser profissão. É curioso por natureza. Gosta de conhecer locais e pessoas e delicia-se quando descobre sabores novos. Este é um projeto à sua medida. Já foi voluntário no estrangeiro e tocou em festivais de música.
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