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Receita de Calducho com poejos, ovos e bacalhau – Redondo

Calducho com poejos, ovo e bacalhau

O Calducho é um prato que não se encontra em outro lado que não em Redondo. De confeção rápida e fácil, exige produtos de primeira água e prepara-se na altura do poejo, a erva que cresce nas ribeiras de águas correntes e limpas no outono e inverno.




O prato que provámos foi feito por Maria Margarida Valverde, a proprietária e cozinheira do restaurante “O Marujo”, em Redondo. O Calducho ganhou mais adeptos e, como é de confeção simples, há que ir agora à procura de poejo, que têm de ser verdes. Vamos então à receita:

Ingredientes:

O poejo é fundamental numa receita onde o azeite tem de ser bom

1 molho de poejos verdes;
1 cebola grande;
3 dentes de alho;
1 folha de louro;
1 decilitro de azeite;
1 litro de água;
2 colheres de vinagre;
½ colher de colorau;
Fatias de pão duro alentejano.

Preparação:

Pica-se os poejos e a cebola, tendo em atenção que os poejos devem ser cortados miudinhos.

Num copo, desfaz-se a farinha em água e vinagre.

Deita-se o azeite, a cebola picada e os dentes de alho numa panela e refoga-se até a cebola estar quebrada.

Maria Margarida Valverde ensina-nos a preparar o Calducho

De seguida, junta-se ao refogado o colorau, o louro e os poejos e deixa-se cozinhar por mais 10 minutos em lume brando, após o que se coloca a água. Assim que levantar fervura deitam-se as postas de bacalhau e deixa-se cozer.

Quando o bacalhau estiver cozido junta-se a farinha previamente desfeita e, mexendo-se sempre para não ganhar grumos, deixa-se levantar fervura. Só depois se juntam os ovos para escalfarem. Sabe-se que os ovos estão no ponto quando uma película de clara branca cobrir a gema.

Corta-se o pão em fatias, que será colocado numa tigela de barro, verte-se o caldo até cobrir o pão e deixa-se repousar até que este comece a amolecer.

Acompanha com o bacalhau e os ovos que serão colocados por cada um no Calducho a gosto e está pronto a servir.

Fácil, único e muito bom.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
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