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As Portas de Ródão

Portas de Ródão

As Portas de Ródão são um dos mais conhecidos monumentos naturais portugueses. Aqui em Vila Velha de Ródão, o Tejo é estrangulado por entre dois penhascos de impactante efeito cénico. Olhe-se para eles com atenção a partir do miradouro, ou percorra-se de comboio a linha férrea que aqui segue o rio.

Se o fizermos do miradouro que olha para as portas sempre abertas do Tejo, notemos os grifos que aqui fazem os seus ninhos. Esta é uma das riquezas deste local, que alberga a maior colónia de grifos do país. Mas não só. Aqui também são avistados o milhafre real, o abutre-preto, a águia perdigueira, o papa-moscas e a cegonha preta.

Siga-se pelo trilho que nos leva lá ao alto e que todos os anos é utilizado na procissão até à Capela de Nossa Senhora do Castelo e conheça-se o castelo de Vila Velha de Ródão que também é conhecido por Torre do Wamba, o último rei visigótico, apesar de hoje sabermos que é uma atalaia mais tardia.

Pode-se ainda fruir das Portas de Ródão em passeios de barco que nos levam por esse Tejo fora. Sob o leito, repousam longe da vista os vestígios de arte rupestre que puderam ser estudados antes da barragem do Fratel elevar o nível das águas. São essas gravuras que hoje podemos conhecer no Centro de Interpretação da Arte Rupestre do Vale do Tejo, no centro da urbe.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.

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