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As Palhaças de Santana

Palhaças de Santana

A vila de Santana viveu virtualmente isolada durante muito tempo, demasiado tempo, até que as estradas rasgassem caminhos nas montanhas da Madeira. Não é por isso de estranhar que este seja um sítio onde as tradições estão bem arreigadas e que preserve a sua identidade cultural.

Vem isto a propósito das Palhaças de Santana, que ganharam o nome talvez pelo colmo que lhes cobre o telhado. As casas de dois pisos, de teto triangular e de grande inclinação descendo quase até ao chão, pintadas a branco, azul e vermelho, são um dos ex-líbris do arquipélago.

Em Santana, perto da Câmara Municipal, pode visitar-se o Núcleo de Preservação das Palhaças, mas as típicas casas podem ser encontradas um pouco por todo o concelho. E este é um território de beleza deslumbrante, com parte da floresta Laurissilva e os seus loureiro, til, barbusano e vinhático, vales profundos e encostas escarpadas.

Da Achada do Teixeira tem-se uma vista panorâmica sobre todo o concelho e daqui se chega a Pico Ruivo, o ponto mais alto da região.

Há ainda que pegar o teleférico e descer à reserva natural marinha da Rocha do Capitão, onde é permitido o mergulho e a pesca à linha.

Se se for amante de caminhadas, também em Santana – como em toda a ilha – tem percursos de beleza ímpar por levadas e veredas.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.