Portugal de Lés a Lés

 

Quantos aquedutos tem a Amadora?

Aqueduto das Águas Livres, troço na Amadora

Nos afloramentos calcários do Tojal de Vila Chã, encontram-se três sepulturas coletivas escavadas no final do IV milénio. Os sepulcros são conhecidos na zona – entre Carenque e os Moinhos da Funcheira – como as grutas artificiais e testemunham a mais antiga ocupação do território que hoje é a Amadora.

Os sepulcros coletivos são visitáveis e de entrada gratuita e constituem um bom ponto de partida para uma visita a um concelho que tem mais para mostrar. O Aqueduto Geral das Águas Livres tem 8 dos 14 quilómetros de extensão do seu troço principal na Amadora e é na freguesia de Águas Livres que ganha a sua maior expressão, com o troço de 19 arcos que convidam a um passeio.

Mas este que é um dos mais importantes exemplos da engenharia portuguesa do século XVIII não é o único aqueduto que a Amadora tem para mostrar. Da mesma época é o aqueduto da Gargantada, construído para levar água de Carenque até Queluz e, daqui, às cavalariças do Terreiro do Paço.

Na Damaia, vale a pena conhecer o Palácio dos Condes da Lousã, um edifício oitocentista com uma fachada repleta de azulejaria. E, na Venteira, é ponto de paragem obrigatório a Casa Roque Gameiro. A antiga habitação do pintor aguarelista alberga hoje várias exposições e o seu interior recomenda uma visita, com vários painéis de azulejos, entre os quais se destaca o padrão naturalista concebido por Rafael Bordalo Pinheiro.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
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