Em terras de Dão que criam bom vinho, adegas e restaurantes andam de mão dadas, num convívio que se aplaude e aprecia. A Taberna da Adega é exatamente o que diz ser: um espaço de comida numa adega que é visitável.
Este é um espaço onde a comida é tratada por mãos de mestre, proporcionando uns muito agradáveis momentos antes ou depois da visita ao espaço que abre ao público os saberes dos enólogos e nos permite compreender o processo que faz criar vinhos de truz como o Pedra Cancela.
É na adega da Lusovini, logo à entrada da sede de concelho, que está a Taberna da Adega. Este é um espaço despretensioso mas muito agradável onde os chefs do grupo Dux, Rui Vieira e Luís Almeida, preparam uma ementa de petiscos e de pratos onde aliam o tradicional à cozinha de autor.
Aqui pode-se chegar por se ter visitado a adega ou diretamente para uma refeição ou um petisco. Se durante a degustação nos apetecer conhecer o espaço onde estão os vinhos a crescer, podemos fazê-lo no final da refeição, que a visitação só termina quando saír o último cliente da Taberna da Adega.
Fomos recebidos com uma tábua de enchidos que incluía morcela, farinheira, chouriço, chouriço de cebola e alheira e continuámos a degustação com uns surpreendentes folhados de queijo da serra com mel e noz.
Como prato de combate, foi-nos servido um arroz de línguas de bacalhau com grelos, cozido no ponto e saboroso até mais não. Não acábamos a refeição, sempre acompanhada por Pedra Cancela escolha Enólogo, sem conhecermos o Chuleton de vaca maturado. Poderíamos dizer que esta foi uma amizade para a vida, porque após 30 dias de maturação a 2 graus celsius, a carne ganha sabores e uma consistência verdadeiramente cativantes.
Para rematar o repasto, Luís Almeida e Rui Vieira brindaram-nos com um pudim de queijo da serra DOP que fez sorrir as nossas papilas gustativas.
E o melhor é que a refeição decorre num espaço claro e muito agradável, com duas paredes de estantes de faia a exporem as referências da Lusovini como obras de arte que são. Na parede fronteira à do balcão, surgem-nos os nomes de todas as castas do Dão e é aí que está a pièce de resistance da sala, uma lareira em forma de garrafa que, garantem-nos e não duvidamos, é o objeto mais fotografado da sala.
Este é, sem dúvida, um restaurante que recomendamos, assim como aconselhamos uma visita à adega da Lusovini. A visita é gratuita e os convidados são acolhidos com um welcome drink.
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