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Se fores o sétimo de sete filhos…

Igreja matriz de Barcos, Tabuaço

Hoje são cada vez menos as famílias numerosas, mas há bem pouco tempo era usual encontrar-se casais com um rancho de filhos. Por terras de Tabuaço, ser o sétimo de sete filhos era caso para ser de lado olhado pelos conterrâneos.

É que o sétimo de sete filhos de um casal será lobisomem e se rapariga for bruxa se tornará. Só há uma forma de evitar tão triste sina, que é a de picar o bebé com um alfinete de ouro. Se tal não for feito, apenas com uma aguilhada dos bois o encanto se quebrará.

Em Tabuaço, Barcos ou Guedieiro há histórias de procissões de almas, de lobisomens, alguns tão rápidos que faziam faísca ao correr, e de luzes que se curvam à porta da igreja. Conheçamos estas histórias de pasmar enquanto percorremos o concelho de belas paisagens, no vale do Távora a caminho do Douro, e de bastos exemplos do românico religioso.

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Jorge Montez: Nasceu e fez-se jornalista em Lisboa, mas quando o século ainda era outro decidiu mudar-se de armas e bagagens para Viana do Castelo. É repórter. Viveu três meses em Sarajevo quando os Balcãs estavam a aprender os primeiros passos da paz, ouviu o som mais íntimo da terra na erupção da Ilha do Fogo e passou cerca de um ano pelos caminhos do Oriente.
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