Centro Ciência Viva: sentir e perceber a floresta em Proença-a-Nova

Há um lugar onde podemos sentir, tocar e perceber a floresta. O Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova, é um espaço onde se podem usar os sentidos para melhor compreender as árvores e a sua importância. O centro foi construído de raiz e em 10 anos recebeu 130.000 visitantes. Este é, garantimos, um local para todas as idades.



É capaz de distinguir alguns dos aromas que se encontram na floresta? Sabe que é possível saber exatamente a idade de uma árvore? E consegue identificar os cantos das aves? Estar no Centro Ciência Viva da Floresta é um desafio constante. Os visitantes são convidados a sentir, a tocar, a responder. Há quadros interativos, jogos e experiências ao alcance de todos. Não haverá quem daqui saia com uma má experiência porque o conceito está pensado para agradar a todos os públicos.

Sentir, ouvir, mexer e aprender
Entrar no Centro de Ciência Viva da Floresta em Proença-a-Nova é penetrar num mundo de experiências

A exposição está organizada em torno de três grandes temáticas: a floresta como fonte de vida; enquanto recurso económico; e os perigos e ameaças a que está sujeita. Em cada uma das três áreas expositivas existem maquetas, quadros eletrónicos e muita madeira onde se tocar para melhor se conhecer a importância das árvores e assim fazer com que os visitantes saiam do Centro mais sensibilizados para a preservação do ambiente.

O que é verdadeiramente interessante neste espaço é a junção da tecnologia com a experimentação física. Os visitantes podem, por exemplo, verificar qual o travejamento de tetos que melhor suporta os pesos, ou tentar adivinhar a que planta corresponde o aroma que aspiram em determinado momento. Podem ainda saber quais os materiais que são melhor isolantes e mesmo ver o interior de formigueiros, espantar-se com a organização e ficar a conhecer a importância das formigas que são muito mais do que animais gulosos.

Os exemplos sucedem-se, porque cada módulo é um momento de experimentação que termina com o simulador aéreo e terrestre de combate a fogos utilizado pela Escola Nacional de Bombeiros.

Meter a mão na massa

Centro Ciência Viva da Floresta - Proença-a-Nova
Um centro para ver com todos os sentidos

A floresta e o ciclo de água, os incêndios, hidrologia e erosão, simulador e incêndios florestais, floresta e poluição atmosférica, árvore viva, teias tróficas, biofatia, florestas portuguesas e conservação, árvore em corte, como se faz uma mobília em madeira, xiloteca, como se faz um lápis, o ciclo do carbono a história numa árvore, de que são feitas as árvores, a árvore fractal e o formigário são os principais módulos científicos de um centro que se estende para além do edifício, com a floresta da ciência, e onde se realizam várias oficinas temáticas, como a de queijo artesanal ou a das plantas tintureiras, que tem trazido públicos de vários pontos do país. Pode consultar o programa de atividades no site do centro.

Vítor Bairrada, o coordenador do Centro de Ciência Viva da Floresta, sublinhou ao Portugal de Lés a Lés ser esta fundamentalmente “uma entidade ligada à comunicação e educação pública de ciência e tecnologia em que se pretende que as pessoas saiam daqui com a perspectiva da necessidade da proteção de um bem que é fundamental à vida”. O conceito dos centros de ciência viva – prossegue – “é o de meter a mão na massa, de permitir às pessoas experimentar e verificar que a ciência não está assim tão distante e está ao alcance do cidadão normal, possibilitando que experimentem conceitos da ciência de forma a que percebam como as coisas funcionam”.

Mais de 80 por cento do território de Proença-a-Nova é constituído por floresta, em grande parte pinhal, integrando a maior mancha contínua de pinhal da Europa. Faz por isso sentido que o Centro Ciência Viva dedicado a esta temática esteja aqui implantado. Por ter sido edificado de raiz, a própria planta do edifício inspira-se no corte transversal de um pinheiro. Além dos espaços expositivos tem um auditório e uma cafetaria com uma esplanada onde vale a pena ver o pôr-do-sol.

E depois de conhecido o Centro de Ciência Viva da Floresta é tempo de se sair à descoberta do montanhoso território do concelho de Proença-a-Nova, olhando de uma forma diferente para a floresta que nos rodeia.

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