As minas de Aljustrel e o seu património

Quando falamos em Aljustrel pensamos em minas. Situada na Faixa Piritosa Ibérica, a vila alentejana deve à extração de zinco e cobre a sua existência e sabe prestar-lhe tributo.

A mina está marcada na paisagem urbana de Aljustrel e indelevelmente no coração das suas gentes. Passeie-se pelas ruas da vila e suba-se até à antiga zona mineira, vestígio de outras épocas em que o minério era extraído à força de picareta. Aqui se descobre a antiga cementação onde se obtinha o cobre a partir da sucata de ferro e das águas que escorriam da mina; veja-se a central elétrica que é uma das mais antigas do Alentejo e chegue-se aos malacates, os elevadores que davam aos mineiros acesso às profundezas da terra. Perca-se mais tempo na sala dos compressores que faziam o ar chegar lá abaixo e que hoje está musealizada. Por todo o couto mineiro há vestígios de arqueologia industrial, há locomotivas e vagonas a ganhar o ocre que a ferrugem lhes empresta.

No posto de turismo local é possível combinar uma visita guiada ao património mineiro que é único no país.

Aljustrel deve a sua existência ao minério do seu subsolo, escavado desde tempos imemoriais. No museu da vila estão expostos artefactos arqueológicos que provam o povoamento antigo da zona e os vestígios da mineração romana.

Com sorte, nas tabernas da vila, soará ao fim da tarde o cante alentejano, que tem no Grupo dos Mineiros de Aljustrel um dos seus expoentes máximos. Deixemo-nos enlear pela melodia, as rimas e as vozes fortes dos homens do Alentejo e aproveitemos para saborear a rica gastronomia local.

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